A quem fizer bem...

Nao sou mais uma menininha que escreve textos pra tentar entender sua adolescencia...tao pouco sou filósofa pra tentar aconselhar e fazer teorias...sou quem sou com os pensamentos que tenho...me faz bem falar...me faz bem escrever...escrevo porque sou eu, porque é meu...e a quem fizer bem será tambem.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Aprendi comigo. Sorte a minha de ter ralado a cara inteira no chão todas as vezes que os meus desejos de mãos dadas com o destino me deram uma rasteira.
Sorte! Azar é pros fracos.
Tem dias que eu passo horas olhando pro céu contando estrelas. Talvez a graça em tudo isso é saber que eu jamais conseguirei contar todas, mas que ainda sim posso contar quantas estrelas eu quiser.
Ás vezes acho graça de tudo, é tão bizarro como as coisas acontecem, e se enrolam e desenrolam que acho graça.
Em muitos dias eu sofro tanto que me sinto especial. Por ter a capacidade de passear nas nuvens e cair nas chamas do inferno em fração de segundos. E ainda sim, sobreviver.
Talvez a graça da vida seja nunca saber o que se esperar. Mas não tem graça quando tudo perde o sentido e não existe uma esperança pra se agarrar.
Sinto-me dentro de um jogo, em que ao passar por algumas fases, tudo fica preto e branco.
E quando tudo permanece preto e branco e surge alguém cheia de cores, eu tento me jogar em cima da pessoa pra ver se consigo colorir tudo de novo.
Talvez o problema seja eu, a carência do meu eu. Que procura desesperadamente pessoas que me dêem vida e alimentem minha alma. Pessoas que realmente estejam dispostas a serem leais e me amarem de verdade. Mas, na maioria das vezes, as pessoas entram na minha vida em forma de furacão, reviram tudo, mudam tudo, levam tudo... Vão embora.
Sorte a minha ter apanhado na cara pra aprender a me cuidar sozinha, pra colocar vergonha na minha cara e aprender a julgar os meus próprios atos. Pra ter aprendido a lutar, porque existem muitos sonhos que dependem de mim pra sobreviver.
Algumas pessoas chamam de cinismo. Realmente, muito cinismo. Convenci-me de que a vida é tão cínica que me tornei igual a ela.
Tenho perdido o ar, sabe!? Aquele sentimento que pressiona tanto o peito que a vontade é desmaiar porque o corpo não suporta.
O que tenho de emoção tenho de frieza. Aprendi comigo.
Quando eu seguro na mão de alguém é porque realmente quero essa pessoa e não entendo. Eu aqui oferecendo amor, e tanto amor sobrando, transbordando, estragando, implorando e... Ninguém quer.
Aprendi comigo. A deixar a própria vida traçar o destino das pessoas ao meu redor. Pego minha fantasia, meu nariz de palhaço e me retiro da lona. Fico sentada quietinha vendo a vida nos viver e nos enriquecer de segundos.
Escrevo. Lampejo. Incendeio. Sou tsunami, sou tempesta
de, sou um tufão de vida que quer tanto viver que ás vezes gostaria de morrer um pouco.
Cansei de jogar meu corpo na forca por perder pessoas que não me compreendem. Por perder pessoas que eu amo tanto que chego a me machucar. Por ser tão transparente quando a regra é colocar um saco preto tampando o rosto e principalmente o coração.
Aprendi comigo. Muitas vezes ainda vou pensar em desistir. Muitas vezes vou deixar de acreditar. Mas em nenhum dia eu vou achar que não vale a pena, viver assim, viver em mim, ser minha melhor companhia.
Aprendi comigo. Perder algumas batalhas é a maior vitória que se pode ter.

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